segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PORQUE EU GOSTO DE VER FILMES SOZINHO

 Gosto de ir ao cinema sozinho. Muitos acham estranho, acham impensável. Já falei com pessoas que simplesmente não conseguem conceber a ideia de irem sozinhas ao cinema. Eu, muitas vezes, até prefiro. Você vai na sessão que quer, o dia que quer, escolhe a sua poltrona e fica até os créditos finais. Não é interrompido, e, antigamente, inclusive, quando gostava muito do filme, eu ficava para a próxima sessão (nos cinemas de shopping, hoje isso é impossível). Lembro de ter visto A Lista de Schindler, Pulp Fiction e diversos outros filmes dessa maneira: duas vezes seguidas.
Talvez, essa mania de ver filmes sozinho, tenha a ver com uma coisa: eu tenho pensamentos suicidas desde os 9 anos de idade. Acho que isso tem haver com o meu ateísmo; sou ateu mais ou menos desde essa época. Não acreditar em Deus, só aumentou minhas dúvidas existenciais e, se isso incomoda um adulto, em uma criança, o estrago é maior ainda. Acho que nessa época também começa a minha mania de ser recluso, a minha timidez e principalmente, meu jeito antissocial de ser. Minha avó, com quem eu morava, dizia que eu era estranho porque lia demais. Meu ateísmo, minha solidão, eram culpa dos livros. Ela estava certa. E também estava errada. Porque, se eles eram em parte culpados pelo meu comportamento, também eram os meus melhores amigos. Foram os livros, e depois, os filmes, meus melhores e mais sinceros amigos. Eles sempre falaram muito sobre mim e me ajudaram a ver coisas que muitas vezes eu não queria ver. Foram a minha formação moral, religiosa, cientifica e estética. E sempre me fizeram companhia. Mesmo nas piores hora. Eles nunca reclamaram do meu mau humor, nem me cobraram nada que eu não quisesse ou não pudesse fazer. Quando os pensamentos suicidas ficavam muito fortes, era nos filmes que eu pensava: aos 10,12 anos, pensava, “quero morrer; qual o sentido de continuar vivo? Por quê?” e sempre me vinha a cabeça um livro que ainda precisava ler, ou um filme (ou muitos) que ainda não tinha visto. Hoje, quando estou deprimido, é com eles que eu vou tirar um tempo; não te deixam sozinho em um domingo de sol que você está triste pra sair de casa; nem se mostram de má vontade, nem dão desculpas pra não ficar contigo. Por mais que você os abandone, quando volta, ou quando quer vê-los, sempre estão lá. E quando são realmente bons, sempre te fazem um bem, de forma diferente a cada época da sua vida. Eu fico muito feliz nas épocas em que a minha única paixão, minha única vontade se restringe a eles. Sonho ainda com o dia em que vou conseguir viver só com eles; não ter mais nenhum outro desejo, nenhuma outra saudade ou vontade. Acho que alguns dirão que estou sozinho. Mas, no final das contas, sempre estamos sós. E quanto mais sós estamos, melhor a companhia dos filmes. E dos livros.  

terça-feira, 23 de novembro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Casos e Causos: O Pracinha de Rio Negro

CASOS E CAUSOS: O PRACINHA DE RIO NEGRO



Em 2010, tive o prazer de trabalhar com o Anderson Jader e a Priscilla Miquilussi, da Poeira Filmes, em 6 episódios do Casos e Causos, para a RPC TV. A Plano 9 forneceu o equipamento de captação de imagem e áudio e eu, a princípio fui ajudar na logagem do material, mas com o tempo, acabei assumindo também a função de cinegrafista nos episódios.



O trabalho sempre é duro, mas vale muito a pena. A vontade, o empenho de todos que participam, desde os diretores, até equipe técnica ou atores, é sempre uma inspiração.
Um dos episódios mais complicados de se gravar foi O Pracinha de Rio Negro, que foi ao ar no último domingo, dia 24 de outubro. O roteiro, é de uma menina de 18 aninhos somente, a Camila Mageski, aspirante a cineasta que está fazendo curso no Centro Europeu agora. Aqui, ela conta a história do pracinha Adir Jorge, que é da sua família e morreu na Itália, junto com outros do exército brasileiro.


Pra mim, de todos os Casos e Causos que fizemos, este é o que ficou melhor. Prova de que, cinema é questão de prática, quanto mais se faz, mais se aprende e melhor o resultado final. As gravações foram feitas em três diárias; duas delas, bem longas. A última diária de gravação começou as 6 da manhã e foi até as duas da madrugada, em um campo de treinamento do exército. Cenas de batalha, tiros, explosões, tanque de guerra. Nunca me cansei e nem me diverti tanto em uma gravação. O resultado final, tá ai pra quem quiser ver.

http://www.youtube.com/watch?v=hugsL1kp6E0

TUDO O QUE EU TENHO

Sem dirigir um curta desde 2007, já me incomodava há muito tempo estar longe dos sets de filmagem na função de diretor. Foi preciso eu ter a ideia pra um longa de baixo orçamento, que eu acredito ser perfeitamente viável de se fazer e que pretendo começar a produção em 2011, pra que eu tomasse uma atitude pra sair do ostracismo. Sim, pois enferrujado do jeito que estou na função, preciso treinar um pouco antes do longa.
Na verdade, vários problemas pessoais fizeram com que eu ficasse tanto tempo sem dirigir, a atividade que mais amo nesse mundo. E também, o fato de não ver muita vantagem em ficar me ferrando pra fazer curtas sem dinheiro e não ver grandes retornos financeiros ou mesmo de reconhecimento. Desde que fizemos o Nunca Mais, em 2007, que tenho o desejo de realizar um filme de longa metragem. Esse ano, resolvi que esse filme será um suspense ou terror e, então, surgiu a ideia, que não vou revelar aqui pois ainda está em fase de argumento pra registro do roteiro na Biblioteca Nacional.
Mas vamos ao curta. Trata-se de um roteiro que o Marcelo Moreira Santos, roteirista que é parceiro meu nos curtas Barata e Acaso, escreveu quando pedi a ele um filme em que a minha principal preocupação fossem os atores. Ele escreveu essa história simples, com três atores e uma locação apenas. No filme, André, casado com Mariana, desconfia de uma traição da parte dela e a coloca contra a parede pra que tome a decisão mais difícil de toda a sua vida.
Revendo aqui entre vários roteiros prontos, decidi que esse era o melhor pra fazer nesse momento. Pois é um filme de técnica simples, perfeito pra ser feito com uma Canon 7D. Convidei o Paulo Mathias, diretor de fotografia do Nunca Mais e ele achou perfeito, pois adquiriu uma câmera dessas recentemente e tá doido pra fazer um teste mais minucioso com ela. Já tenho outros nomes na equipe técnica e no elenco, mas ainda aguardo respostas por causa da data de gravação.
Pretendo gravar entre os dias 13 a 15 de novembro. Ensaiar bem antes e no set, me preocupar, acima de tudo, com as interpretações.
Depois desse ainda pretendo fazer mais um curta: Ponto Final-Episódio Zero. Curta teaser da nossa série de TV policial. Esse ficou pra depois porque é tecnicamente mais complexo. Tem mais atores e mais locações também.
E depois é hora de encarar um desafio bem grande: meu primeiro longa. O que foi escrito até o momento está bem bacana. Acredito que vai ser um filme que vai dar o que falar e que tem chances de sucesso. Escrevi sempre pensando em algo que fosse viável, possível de fazer com pouco ou, se necessário, nenhum dinheiro. Mas isso é conversa pra outro post.
Sorte pra nós na realização de Tudo O Que Eu Tenho, novo curta da Plano 9.
E pra finalizar, um agradecimento aos organizadores da Mostra Kinopheria em São Paulo. Ter os curtas exibidos lá e, claro, vencer o prêmio de direção e principalmente ouvir os elogios de quem assistiu os filmes foi fundamental pra voltar a ativa.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

DOAÇÃO DE ALIMENTOS PARA A DEFESA CIVIL EM CURITIBA

Segue, na integra, o e-mail que recebi pedindo doações de alimentos para o Haiti.

"Estão sendo solicitados produtos de consumo imediato, que não necessitem de preparação. A Defesa Civil indica como prioritários: leite longa vida (embalagem com 12 unidades); sucos de fruta prontos para consumo de 1 litro (embalagem de 12 unidades); barras de cereais e bolachas em caixas lacradas; água mineral em embalagens contendo garrafas de 500 ml, 1 litro ou 5 litros. Todos os produtos devem ter o maior prazo de validade possível.
"Caso não seja possível para uma pessoa doar sozinha uma caixa de leite com doze unidades sugerimos que ela se una a amigos e parentes para dividir o valor total da doação. O importante é que cada um contribua com o que pode", explica Itamar dos Santos, secretário municipal da Defesa Social de Curitiba.

Guarda Municipal - Sede
Rua Presidente Faria, 451 - Centro

Ruas da Cidadania
Boa Vista - Avenida Paraná, 360
Cajuru - Rua Luiz França, 2032
Boqueirão - Avenida Marechal Floriano Perixoto, 8430 (Terminal do Carmo)
Bairro Novo - Rua Tijucas do Sul, 1700 (Sítio Cercado)
Pinheirinho - Avenida Winston Churchill, 2033 - Capão Raso (Terminal do Pinheirinho)
CIC - Rua Manoel Valdomiro de Macedo, 2460
Santa Felicidade - Rua Santa Bertila Boscardin, 213
Matriz - Praça Rui Barbosa, 101
Fazendinha/Portão - Rua Carlos Klemtz, 1700 (Fazendinha)
Mais informações podem ser obtidas nos telefones 3350-3690, 199 ou 156, e no site www.defesacivil.curitiba.pr.gov.br

VIDEOBLOG DA PLANO9-001-HAITI

VIDEOBLOG DA PLANO9-001-HAITI from sergioortencio on Vimeo.